Leishmaniose

Coleira antiparasitária para cães: guia contra a leishmaniose

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25/09/2025

O uso de uma coleira antiparasitária contra a leishmaniose canina é uma das medidas mais eficazes para proteger os cães em zonas endémicas como Portugal. 

A prevenção contra esta doença, tanto para cães saudáveis como para aqueles que já estiveram em contacto com o parasita, deve incluir o uso de antiparasitários externos com ação repelente com eficácia comprovada. Existem diferentes formatos de proteção no mercado e as coleiras antiparasitárias — também conhecidas como coleiras repelentes de flebótomos — são uma ótima opção a ter em conta.

O que é uma coleira antiparasitária e qual é a sua função?

São medicamentos veterinários que são colocados ao redor do pescoço dos nossos cães e que libertam de forma controlada substâncias ativas com atividade inseticida, repelente, prevenindo as picadas desses insetos. Na sua composição, contêm substâncias com capacidade antifeeding, ou seja, que impedem os flebótomos de se alimentarem deles ao picá-los. Estas substâncias têm baixa volatilidade, por isso evaporam muito lentamente e protegem-nos durante mais tempo, criando um halo protetor invisível à sua volta.

Como é transmitida a leishmaniose?

Esta doença é transmitida através da picada de flebótomos infetados, portanto, para que o parasita entrenum cão saudável, é necessário que ocorra a picada de um flebótomo portador do parasita. Através do uso de coleiras antiparasitárias com ação repelente de flebótomos, procuramos reduzir o risco da picada dos flebótomos e, como não há picada, estamos a proteger contra a doença. 

E no caso de um cão já estar infetado, seria necessário aplicar medidas de proteção, como coleiras antiparasitárias? Sim, será imprescindível. Ao prevenir a picada dos flebótomos, estaremos a protegê-los de reinfeção que pode agravar a sua doença e, além disso, estaremos a impedir que outros flebótomos não infetados se tornem novos transmissores desta doença.

Por que é importante prevenir a picada dos flebótomos?

Os flebótomos são os principais transmissores da leishmaniose canina, por isso, prevenir a sua picada é fundamental para prevenir a doença. Graças à prevenção, reduzimos o risco de infeção em cães e também limitamos a circulação do parasita, algo fundamental para controlar a leishmaniose. Desta forma, a proteção contra a picada destes insetos não só beneficia cada animal, como também contribui para travar a propagação em toda a população canina. 

Através do uso de repelentes, como coleiras antiparasitárias, estaremos também a proporcionar uma proteção de grupo e, nas zonas onde os cães são protegidos de forma generalizada, observou-se que a prevalência, que é a carga do parasitana população, também diminui. Graças a esta ação simples, estaremos a favorecer esse escudo protetor de grupo que protege outros cães e a nós, as pessoas.

Quais características deve ter uma coleira antiparasitária contra a leishmaniose?

Algumas dessas características são:

  • Fácil aplicação  

Permite colocar a coleira de forma rápida e confortável, garantindo proteção sem complicações. 

  • Eficácia comprovada por estudos 

Garante que o medicamento veterinario demonstrou reduzir o risco de infeção com Leishmania infantum transmitida por flebótomosem ensaios clínicos.  

  • Proteção de longa duração 

Mantém a eficácia durante o período de atividade do flebótomo, evitando lacunas de vulnerabilidade. 

  • Libertação contínua das substâcias ativas 

Garante proteção constante graças à libertação controlada das substâncias ativas. 

  • Formatos adaptáveis 

Permite ajustar a coleira consoante o peso e a idade do cão, otimizando a eficácia e a segurança do tratamento.

Como escolher a coleira adequada de acordo com a região onde vive?

Algumas das características que devemos observar para escolher o método de prevenção mais adequado são:   

  • Duração da proteção: nem todos as coleiras têm a mesma duração, por isso, dependendo de onde vivemos e do período de atividade do flebótomo, a nossa escolha pode variar. 
  • Resistência à água: algumas coleiras são resistentes à água, por isso, se o seu cão estiver em contacto com água regularmente, este será um aspeto importante a ter em conta.
  • Tamanho e idade do paciente: a dosagem das substâncias ativasvaria de acordo com o formato da coleira, por isso é importante ajustá-la ao peso do animal e verificar se é adequada para a sua idade. 

É importante não baixar a guarda com o uso de medidas de prevenção contra a leishmaniose canina. Portugal é considerado um país endémico para esta doença, embora a sua presença varie consoante a região geográfica.

 As coleiras antiparasitárias são suficiente para prevenir a leishmaniose?

A primeira forma de proteção contra a leishmaniose canina, como vimos neste artigo, é o uso de antiparasitários externos com ação repelente, mas essa não é a única medida de prevenção e é importante avaliar o risco-benefício sempre sob supervisão veterinária, podendo-se considerar uma abordagem multimodal combinada com a vacinação.

Os antiparasitários externos com ação repelente reduzem o risco de infeção e a vacinação atua num segundo momento, caso haja contacto com o parasita, diminuindo o risco de a infeção progredir e desenvolver a doença. O uso combinado de ambas as medidas preventivas proporcionará uma proteção ideal ao paciente canino, além de oferecer proteção contra a picada desses insetos, fundamental em áreas endémicas.

FAQ – Coleiras antiparasitárias e leishmaniose canina

As coleiras antiparasitárias contra a leishmaniose também protegem contra outros parasitas?

As coleiras antiparasitárias contra a leishmaniose também protegem contra outros parasitas?

Em que época do ano é melhor colocar a coleira antiparasitária?

Recomenda-se colocar antes do início da época de atividade do flebótomo (primavera-verão) e manter durante todo o ano.

As coleiras antiparasitárias podem ser usados em conjunto com pipetas ou sprays?

Em alguns casos, sim, mas deve ser sempre sob orientação veterinária para evitar sobredosagem ou interações entre produtos.

O que acontece se um cão nada ou toma banho com frequência?

Algumas coleiras são resistentes à água, mas nem todas. Se o cão nada habitualmente, é aconselhável escolher um modelo especificamente concebido para manter a eficácia após os banhos e verificar a ficha técnica do produto para ver como a sua eficácia pode diminuir e fazer os ajustes necessários. 

Os cachorros podem usar coleiras antiparasitárias contra a leishmaniose? 

Depende do produto: cada coleira indica a idade e o peso mínimos de utilização. É fundamental respeitar estas indicações para garantir a segurança do cachorro. 

Víctor Algra | unveterinario

Médico Veterinario

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