Leishmaniose

Leishmaniose visceral: o que é, sintomas, transmissão e prevenção em humanos e cães

articulo sept (1)
02/09/2025

O que é a leishmaniose visceral?

A leishmaniose visceral, também conhecida como kala-azar, é uma forma grave desta doença parasitária transmitida pela picada de flebótomos descrita em seres humanos. É caracterizada pela disseminação de parasitas do género Leishmania para diferentes órgãos internos, como o baço, os rins ou o fígado. Em Portugal e na bacia mediterrânica, a espécie de Leishmania descrita é a Leishmania infantum, que, em humanos, está normalmente associada a esta forma grave da doença. Em cães, esta espécie está associada a sinais clínicos tanto viscerais como cutâneos.

Como é transmitida a leishmaniose?

A doença é transmitida através da picada de fêmeas infetadas de flebótomos, uma vez que são elas que precisam de se alimentar de sangue para completar o seu ciclo reprodutivo.

Tanto os animais como os seres humanos podem atuar como hospedeiros do parasita, tornando-se possíveis fontes de transmissão dentro do ciclo biológico da Leishmania.

Quais são os sintomas da leishmaniose visceral?

Por ser uma doença sistémica, os sintomas dependem em grande parte dos órgãos afetados e do grau de gravidade. Esta forma de leishmaniose é especialmente grave e pode ser mortal se não for tratada adequadamente.

Em cães, quando há disseminação visceral, os sinais clínicos mais comuns incluem fraqueza geral, febre prolongada, perda de peso, hemorragias nasais, claudicação, alterações digestivas, anemia e aumento do tamanho do baço. Dado o risco que esta doença representa, é fundamental conhecer as medidas de prevenção contra a leishmaniose para reduzir a probabilidade de infeção e favorecer a deteção precoce.

Leishmaniose em cães: sinais clínicos cutâneos e viscerais.

Os cães podem apresentar sinais clínicos cutâneos e viscerais ou uma combinação de ambos. Quando há comprometimento visceral, a doença afeta órgãos internos como o baço, o fígado ou a medula óssea e pode colocar em risco a vida do animal se não for tratada a tempo. A leishmaniose cutânea manifesta-se principalmente na pele, causando lesões, úlceras ou descamação, sem comprometer os órgãos vitais. Embora ambas as formas possam aparecer simultaneamente, quando há comprometimento visceral, o prognóstico é mais reservado. Em todos os casos, um diagnóstico veterinário precoce e um tratamento adequado são fundamentais para melhorar a qualidade de vida do cão afetado.

Qual é o tratamento para a leishmaniose? 

Uma vez a doença é diagnosticada, em veterinária estão disponíveis diferentes medicamentos, dependendo do estádio clínico que se encontra o animal.

Como prevenir a leishmaniose no seu cão?

A melhor forma de se proteger contra a leishmaniose é prevenir a picada dos flebótomos. Algumas recomendações importantes dentro do plano de medicina preventiva para o seu cão são:

●   Realizar check-ups anuais com o médico veterinário para verificar o estado de saúde em relação a esta doença.

●   Utilizar antiparasitários externos com ação repelente que reduzam o risco de infeção, disponíveis em coleiras e soluções spot-on (pipetas).

●   Reduzir a exposição através do uso de redes mosquiteiras e evitando que os cães permaneçam ao ar livre durante o amanhecer e o anoitecer, momentos de máxima atividade do vetor.

●   Realizar a vacinação contra a leishmaniose como parte de uma abordagem preventiva integral, pois ajuda a reduzir o risco de desenvolvimento da doença.

Em que regiões a leishmaniose visceral é mais comum em seres humanos?

Esta forma de leishmaniose ocorre principalmente no Brasil, na África Oriental e na Índia. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, todos os anos ocorrem entre 50 000 e 90 000 novos casos de leishmaniose visceral em seres humanos, embora apenas 25 % a 45 % deles sejam notificados.

Qual é a diferença entre leishmaniose cutânea e visceral em seres humanos?

Uma das principais diferenças entre a leishmaniose cutânea e a visceral é a sua gravidade, uma vez que o prognóstico da forma visceral é muito mais comprometedor.

Em ambos os casos, a evolução da doença está relacionada com os órgãos afetados. A forma visceral afeta órgãos internos como o baço, o fígado ou os rins, enquanto a forma cutânea se manifesta na pele.

Além disso, apresentam uma distribuição geográfica diferente: a leishmaniose cutânea é mais disseminada globalmente e regista um maior número de casos anuais. De qualquer forma, embora existam diferenças entre a leishmaniose cutânea e a visceral, ambas devem ser controladas, recebendo um diagnóstico e tratamento adequados para obter o melhor prognóstico possível.

Víctor Algra | unveterinario

Veterinario

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